PLAYOFFS 2017 - Panthers @ Saints - Pós Jogo (WILDCARD)

Já saiu nos jornais, o Carolina Panthers tem um novo dono, o New Orleans Saints, terceira vitória na temporada contra o mesmo oponente, mais de 30 pontos em todos os jogos e o mais importante, a vaga no divisional round.

O nosso querido New Orleans adora nos fazer sofrer e não fugiu à regra no último domingo, um jogo tenso, mas no qual possuíamos um certo controle, virou uma montanha russa de emoções, sendo decidido apenas em seu último lance.

O ataque do Saints não foi o mesmo da temporada regular, mas funcionou muito bem, Carolina veio disposto a parar os nossos running backs, e o fizeram, Ingram e Kamara combinaram para um total de 68 jardas de scrimmage, a intenção de do Panthers era forçar Brees a lançar a bola e ganhar o jogo, não foi a melhor estratégia.

O futuro HOF destruiu o que colocaram na sua frente, foram, 376 jardas e dois touchdowns, mesmo quando pressionado, o nosso quarterback fez um ótimo atrapalho, aliás, não é uma boa ideia mandar blitz, Brees teve um tremendo desempenho quando Carolina tentou chegar com mais de 4 jogadores, rating de 122.8, 259 jardas e dois TD’s.

É notável como o ataque mudou o estilo usado na temporada e mesmo assim a eficiência foi a mesma, esse é o perigo desse ataque, se Brees manter esse nível na pós temporada, podemos caminhar longe.

A linha ofensiva fez um ótimo trabalho protegendo o quarterback apesar de não ter criado tantos espaços para a corrida, cedeu apenas um sack, e grande maioria do tempo o pocket ficou bem confortável, mas como nem tudo são flores, mais uma lesão atingiu a unidade, que já passou por inúmeras formações, Andrus Peat, que fazia a sua melhor temporada da carreira quebrou a fíbula e só retorna na próxima temporada.

Michael Thomas continua sendo um monstro, recebendo, assim como após a recepção, conseguiu recepções em oito dos nove passes que foram em sua direção e deixou Shaq Thompson na saudade em uma tentativa de tackle na lateral, outro detalhe, tornou-se o primeiro jogador com 200 recepções nas duas primeiras temporadas.

Ted Gin Jr conseguiu mais uma jogada explosiva, recepção de 80 jardas para marcar o primeiro tochdown do time no jogo, apesar de não ser uma constante, a velocidade de Gin é uma arma perigosa. Josh Hill fez uma das melhores partidas de sua vida, e com certeza teve a recepção mais plástica da carreira, seria ótimo virar um fator nesse momento, recebeu o outro passe para TD de Brees.

A defesa não teve o seu melhor desempenho em termos estatísticos, cedeu 413 jardas, mas foi excelente na redzone, forçou Carolina a chutar 4 FG curtos, o que é melhor que se pode fazer se você não consegue ser dominante constantemente, você dobra, mas não quebra.

A linha defensiva fez um trabalho sólido mais uma vez e foi clutch em dois momentos, primeiro Davison conseguiu um sack quando Carolina tinha a possibilidade de virar o jogo.

O outro grande trabalho ficou por conta do First Team All-Pro Defensive End Cameron Jordan, literalmente, venceu o jogo, forçando um intentional grounding de Cam Newton (sim, foi falta).

Os linebackers fizeram um trabalho mediano, é a grande carência dessa equipe para a próxima temporada, por enquanto, vamos sobrevivendo com Robertson e Te’o, que estão fazendo um trabalho melhor do que o esperado.

A secundária teve seus altos e baixos, Lattimore mais uma vez fez uma partida sólida, Crawley alternou grandes jogadas com algumas faltas, nada de anormal, é bom ressaltar que Cam Newton jogou muito bem mesmo tendo apenas dois recebedores, Christian McCaffrey e Greg Olsen.

Marcus Williams e Vonn Bell fizeram boas partidas, os jovens safeties são jogadores interessantíssimos que vão ser peças importantes por muitos anos, Bell mostrou mais uma vez o quão bom é na linha scrimmage e conseguiu o sack que finalizou a partida.

Os special teams foram sólidos, algumas faltas, mas isso ocorre em qualquer time, o importante é que os chutes foram no meio do Y (inclusive um de 57 jardas) e não ocorreram turnovers.

Agora é enfrentar o Minnesota Vikings fora de casa para continuar sonhando com o tão almejado Superbowl.