COMO FOI: Draft 2017 do Saints


Nesse texto vou abordar a situação da escolha (momento do draft, o que foi dito quanto a avaliação do jogador pelo front office) para o Saints, os pontos positivos e negativos de cada jogador, assim como o papel que cada um deve desempenhar dentro do time.

1° round, escolha n° 11
Nome: Marshon Lattimore
Posição: Cornerback
Universidade: Ohio State

A queda de Lattimore foi surpreendente, tido pela esmagadora maioria como melhor CB do draft, ele, junto com mais inúmeros prospectos defensivos, foi caindo na primeira noite do draft, muito pela corrida por jogadores ofensivos nas 10 primeiras escolhas, felizmente, pelo menos para os torcedores do Saints o produto dos Buckeyes, se juntou aos seus ex-companheiros Von Bell e Michael Thomas na Louisiana.

Pontos positivos:
Lattimore é extremamente atlético, veloz, ágil, explosivo, muda de direção sem o menor esforço, tem um QI de futebol impressionante, além de ball skills acima da média para a posição, teve ótima carreira em Ohio, conseguindo 4 interceptações e 11 passes defendidos em dois anos

Pontos negativos:
Relativamente inexperiente, jogou apenas uma temporada como titular, conviveu com problemas no músculo posterior da coxa durante a carreira em Ohio State

Papel no time:
Lattimore chega para contribuir de imediato, jogando como outside cornerback com Delvin Breaux, por todas as suas qualidades, deve contribuir substancialmente para melhorar a defesa aérea terrível do Saints.

1°round, escolha n° 32
Nome: Ryan Ramczyk
Posição: Offensive Tackle
Universidade: Wisconsin

Essa escolha talvez tenha sido a mais desinteressante para os fãs do time, muito porque jogadores de linha ofensiva não causam muito barulho, mas no board do Saints o jogador era tido como top 15 no geral, e isso combinado com a idade de Zach Strief e as lesões de Terron Armstead, fizeram com que a escolha fosse óbvia para a organização.

Pontos positivos:
Extremamente técnico, jogou em uma escolha forte na formação de jogadores de linha ofensiva, eficiente no jogo corrido, e excelente na proteção do passe, possui a agilidade necessária para ser um bom tackle na NFL.

Pontos negativos:
Apenas um ano de experiência como titular, logo após a temporada passou por uma cirurgia no quadril, as vezes falta flexibilidade, fazendo com que pass rushers mais ágeis consigam chegar no QB.

Papel no time:
Em um primeiro momento, Ramczyk deve ser reserva, e suprir eventuais problemas físicos nas pontas da linha, mas a ideia de Sean Payton é que o jogador assuma a posição de RT, já que, como citado anteriormente, Strief encontra-se em idade avançada e uma hora não vai render como em seus melhores anos.

2ª rodada, escolha 42
Nome: Marcus Williams
Posição: Safety
Universidade: Utah

Talvez essa seja a minha escolha preferida do Draft, escolhi Williams exatamente nesse ponto no mock draft, o time precisava de um Safety para jogar no fundo do campo, e suprir a saída (que não vai deixar nenhuma saudade) de Jairus Byrd, e Williams preenche os requisitos necessários para melhorar a secundária do time.

Pontos positivos:
Muito atlético, instintivo, playmaker (10 interceptações e 8 passes defendidos em dois anos como titular), extremamente ágil e veloz, fez bom trabalho contra o jogo corrido, conforme dados da PFF.

Pontos negativos:
Apesar do bom trabalho contra a corrida precisa ficar mais forte para lida com os jogadores no nível profissional, em termos de posição deve ficar mais limitado como single high safety exatamente pela falta de fisicalidade.

Papel no time:
Williams, assim como Lattimore, vem para ser titular do time desde o primeiro dia, posicionando-se como esse safety no meio e fundo do campo, jogando de sideline a sideline, completando com Bell e Vaccaro o sistema de três safeties utilizado por Dennis Allen.

3° round, escolha 67
Nome: Alvin Kamara
Posição: Running Back
Universidade: Tenessee

Outra escolha que incomodou os fãs do Saints, o time trocou sua escolha de 7° round do draft de 2017 e uma escolha de 2° round no draft de 2018, mas a verdade é que pelo skillset de Kamara a escolha faz total sentido.

Pontos positivos:
Muio veloz, ágil nas mudanças de direção, muito perigoso com a bola nas mãos, ameaça dupla (corredor e recebedor), ótima visão do campo, capaz de a qualquer momento conseguir big plays.

Pontos negativos:
Não é um running back forte fisicamente, não teve um número de corridas elevadas na carreira, sempre dividindo snaps com outros jogadores de Tenessee.

Papel no time:
A função de Kamara no time já foi bem definida, vem para trazer de volta aquela opção importante para o esquema de SP de running back recebedor, com a capacidade de até poder se alinhar como wide receiver, que o time perdeu com a saída de Bush e Sproles, acredito que não haverá problema quanto a competição com Ingram e Peterson, já que são jogadores com características diferentes, assim como com funções diferentes dentro do ataque de Sean Payton

3ª rodada, escolha 76
Nome: Alex Anzalone
Posição: Linebacker
Universidade: Florida

Essa, com toda a certeza, foi a escolha mais questionada do front office do Saints, com vários ótimos pass rusher disponíveis, o time acreditou no board e escolheu o jogador com a melhor avaliação de seus scouts, e apesar de no início ter ficado um pouco cético, a escolha faz sentido para o time, tendo em vista os problemas físicos e técnicos do grupo linebackers.

Pontos positivos:
Anzalone é muito veloz, sua aceleração ficou demonstrada no combine assim como em seus jogos, faz bom trabalho em blitz e contra o jogo corrido, pode jogar nas três posições de linebackers (SAM, WILL, MIKE), pelas suas qualidades atléticas e seus instintos.

Pontos negativos:
Sofreu com contusões durante toda a carreira, o principal problema foi uma lesão no ombro que o tirou de ação em 2013 e em 2015, finalmente recuperado e como titular em 2016, a sua melhor temporada, ele quebrou o antebraço, precisa melhorar alguns ângulos nos tackles para ser mais efetivo quanto ao jogo corrido.

Papel no time:
Anzalone, se tudo correr como planejado/esperado nos camps deverá ser titular na posição de weakside linebacker, mas poderá ser movido dentro da linha dos três linebackers caso necessário.

3ª rodada, escolha 103
Nome: Trey Hendrickson
Posição: Defensive end
Universidade: Florida Atlantic

Finalmente chega o tão esperado pass rusher, com sua última escolha do segundo dia, a sexta do time, o Saints escolhe um jogador para compor o corpo de edge rushers, houve muitas críticas a essa postura, pela grande maioria dos analistas, pois tinham a posição como necessidade número um da equipe, tendo em vista a dificuldade que o time teve para pressionar os quarterbacks adversários nos últimos anos.

Pontos positivos:
Foi extremamente produtivo na sua carreira universitária, conseguindo 29.5 sacks e 41 TFLS em quatro anos, possui um motor que não para, tem o tamanho que encaixa para o estilo de jogo do time, assim como para contribuir de imediato na NFL, demonstrou ser um ótimo atleta no combine.

Pontos negativos:
O nível de competição que enfrentou não foi o dos mais fortes, possui braços curtos o que dificulta no trabalho contra os offensive tackles da NFL, precisa de mais trabalho quanto aos movimentos de pass rush.

Papel no time:
Hendrickson vem para ser parte importante da rotação de Defensive end’s do time, juntamente com Okafor, Kikaha, entre outros, a ideia é que ele contribua na pressão do QB pelas pontas da linha defensiva, já que o único jogador que conseguiu criar problemas por ali foi Cam Jordan.

6ª rodada, escolha 196
Nome: Al - Quadin Muhammad
Posição: Defensive end
Universidade: Miami

O Saints em todo draft escolhe um jogador do qual ninguém sabe nada, no ano passado foi David Onyemata, defensive tackle que jogava no Canadá, esse ano a aposta é em um DE, que não vinha jogando, mas que parece ter agradado muito os scouts e técnicos do time.

Pontos positivos:
O ex Hurricanes, demonstrou ser explosivo, além de ter os atributos físicos para ser jogador na NFL, na temporada em que jogou, teve uma boa produção, contabilizando 5 sacks e 8.5 TFL.

Pontos negativos:
Jogou apenas uma temporada, foi suspenso em 2014 por se envolver em uma briga com um companheiro de time, e em 2016 foi expulso do time por receber benefícios considerados ilícitos pela NCAA de uma empresa de aluguel de carros, não foi bem no combine, e ainda é muito cru pela falta de experiência

Papel no time:
Essa escolha foi totalmente baseada em upside, New Orleans viu em Muhammad potencial para ser um bom jogador no nível profissional, tentando trazer mais um jogador para fazer com o que o time tenha um pass rush efetivo.

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